As fake news como arma de persuasão eleitoral nas eleições presidenciais de Brasil e Honduras nos anos 2017 e 2018 e a sua utilização para a manutenção de mandatos governamentais presidenciais

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6 de maio de 2021

As fake news como arma de persuasão eleitoral nas eleições presidenciais de Brasil e Honduras nos anos 2017 e 2018 e a sua utilização para a manutenção de mandatos governamentais presidenciais

As fake news como arma de persuasão eleitoral nas eleições presidenciais de Brasil e Honduras nos anos 2017 e 2018 e a sua utilização para a manutenção de mandatos governamentais presidenciais

Artigo – Lucas Maia – 2021

Resumo:

Este artigo versa sobre a utilização de campanhas de desinformação pelos presidentes da república de Brasil e Honduras como estratégias para a manutenção de poder e a difusão do extremismo de direita nestes dois países. Em estudo, os perfis dos dois políticos, a utilização de redes de desinformação antes e depois de assumirem e a manutenção da prática como forma de persuasão política para a manutenção dos mandatos.

Introdução

As fake news “redação, divulgação ou propagação de notícias ou informações falsas” (Faustino, 2020. p. 7), discursos que inventam, distorcem ou negam fatos e acontecimentos visam a reconstrução da história, com o objetivo de redirecionar o futuro (Westrup et al, 2020, p. 5) e são construídas atualmente com o intuito intencional pela extrema-direita, não apenas como um equívoco, mas como uma estratégia política que visa a destruição da democracia (Westrup et al, 2020, p. 7).

No ano de 2016, o mundo acompanhou improváveis vitórias eleitorais de pautas ultraconservadoras como a do então empresário Donald Trump à presidência dos EUA e a do BREXIT, quando a população do Reino Unido votou favoravelmente à saída da União Europeia. Dois exemplos na América Latina, em 2017 e 2018, são a reeleição de Juan Orlando Hernandez, em Honduras, se utilizando de notícias falsas para obter dividendos eleitorais (Perloff, 2021) e a eleição de Jair Messias Bolsonaro à presidência do Brasil se utilizando de desinformação como arma de persuasão eleitoral (Empoli, 2020, p. 88).

No Brasil, a campanha de Jair Messias Bolsonaro à presidência da república em 2018 se aproveitou da compra de milhares de números de telefone e envio de mensagens falsas para os usuários de WhatsApp (Empoli, 2020, p. 88). Fernanda Bruno e Tatiana Roque, em seu artigo intitulado “A Ponta de Um Iceberg de Desconfiança”, no livro “Pós-Verdade e Fake News” (Barbosa, 2020. p. 08) revelam que a estratégia eleitoral de Bolsonaro foi construída a longo prazo, desde 2014, a partir de grupos de formação de interesses que não eram restritos a política. Esses grupos repassavam as mensagens de campanha de Bolsonaro e ao fazer isso geravam confiabilidade na informação. Ou seja, “a propagação de uma mensagem é mais efetiva quando feita por pessoas com as quais as outras se identificam” (Barbosa, 2020. p.7). O Facebook, descobriu que amigos que se comunicam com frequência têm muito mais chances de clicarem no mesmo anúncio (Neil, 2020. p. 161).

Em diversos países como Brasil e Honduras a utilização de fake news tiveram o objetivo de interferir no processo eleitoral (Perloff, 2021). Mas não somente isso. É possível afirmar que a fidelidade de eleitores de Jair Messias Bolsonaro em seu governo é criada pela circulação de notícias falsas, o mesmo que ocorreu com Donald Trump nos EUA (BRUNO; ROQUE; 2020). Assim como ocorre em Honduras, onde a divulgação de desinformação também está servindo de ponte para o aumento da popularidade do atual presidente Juan Orlando Hernandez, desde 2015. Uma rede de apoio no Facebook descoberta por uma administradora da plataforma revela que cerca de 90% das interações hondurenhas na página do atual presidente são falsas. [2]

A desinformação é um poderoso instrumento utilizado pela extrema-direita e são produzidas e servem de argumento mesmo quando os fatos históricos demonstram o contrário (Westrup et all. 2020). Em Honduras, os movimentos políticos liberais têm sofrido um ataque sofisticado de fake news com o objetivo de descreditar as práticas liberais e progressistas (Gatehouse, 2019). No Brasil, o presidente é acusado de estabelecer um “gabinete do ódio” no palácio presidencial afim de divulgar notícias falsas e pressionar parlamentares de oposição.[3] O Congresso brasileiro chegou a abrir uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito com o objetivo de identificar a “milícia digital” escondida dentro do palácio do planalto.

Uma denúncia do The Guardian, jornal britânico mundialmente conhecido, revela que acadêmicos e intelectuais hondurenhos acusam o governo de Juan Orlando Hernandez de usar as fake news nas redes sociais para “atacar críticos, minar movimentos sociais” e aumentar a popularidade do governo. Há registros de disseminação dessa prática pela administração de Juan Orlando Hernandez desde 2015. A utilização de notícias e páginas falsas teve início após uma série de protestos contra corrupção no mandato do presidente. O Facebook foi alertado em agosto de 2018 e só agiu para dar fim a prática em julho de 2019.[4] Ainda segundo a denúncia, o administrador das páginas do Facebook de Juan Orlando Hernandez é o mesmo de muitas dessas páginas falsas e em suas publicações aparecem em áreas restritas do palácio presidencial hondurenho. [5] Apesar de ter sido retirada pela plataforma a campanha de desinformação e páginas falsas do presidente hondurenho voltou ao Facebook pouco tempo depois.

Este movimento, que foi inaugurado na campanha de Donald Trump à presidência dos EUA, em 2016 na construção de uma mobilização política internacional, a partir de redes digitais com foco nas vitórias eleitorais importantes (Westrup et all. 2020) está presente no mundo todo. A troca de experiências entre campanhas eleitorais que fazem uso da desinformação como processo de persuasão eleitoral tem consequências geopolíticas permitindo que nacionais-populistas repliquem esses modelos em outros países, como padrões de campanhas extremistas eficazes (Empoli, 2019. P. 39).

Para entender este fenômeno é preciso fazer um breve resumo sobre como funcionam os algoritmos das redes sociais e de que maneira estes algoritmos ajudam no processo de polarização social através da desinformação.

A utilização de dados de usuários em processos eleitorais

Os fatos que levaram a eleição de Trump e Brexit em 2016 tiveram semelhantes movimentos digitais polêmicos articulados pela mesma empresa denominada Cambridge Analytica responsável por uma centena de campanhas eleitorais em países do mundo todo. [6]

Fornasier & Beck (2020) unem a coleta de dados com o crescimento de redes de desinformação para detectar o voto futuro de um eleitor. Para eles, é possível, a partir de um número grande de indicadores, identificar, em tendências precisas, em quem uma pessoa votará nas próximas eleições antes mesmo das campanhas terem início. Basta, para isso, a alimentação de teorias da conspiração em alguns grupos espalhados pelas redes sociais.[7]

A Cambridge Analytica mantinha uma coleta ilegal de dados de pessoas através das redes sociais, com a categorização da população votante, divisão deles em grupos, identificação dos indecisos que poderiam mudar de opinião e ataques focais se utilizando de notícias falsas para manipular a sua opinião (Fornasier; Beck; 2020). O publicitário brasileiro André Torreta que trabalhou em parceria com a Cambridge Analytica na campanha presidencial brasileira de 2018, revelou que a empresa tinha o poder de agrupar cerca de 7.000 informações sobre cada indivíduo nos EUA e de 750 informações de cada pessoa no Brasil (Fornasier; Beck; 2020).

No caso da campanha norte-americana essa estratégia foi utilizada para direcionar 10.000 anúncios diferentes para públicos distintos nos meses que antecederam à eleição.[8] Os políticos hoje podem atingir microgrupos com mensagens segmentadas e meticulosamente aprimoradas, sem que uma pessoa não veja a mensagem que a outra recebeu, permitindo, desta forma que cada político venda, silenciosamente, múltiplas versões de si mesmo (Neil, 2020. P. 291).

Como funcionam os algoritmos nas redes sociais

Segundo Jeff Seibert, ex-executivo do Twitter, cada ação do usuário é cuidadosamente monitorada e registrada.[9] Os dados são utilizados para a criação de modelos que preveem as ações dos usuários. Todo o seu histórico de utilização das plataformas ajuda a criar um modelo cada vez mais fiel capaz de prever o que a pessoa que utiliza o Facebook, Twitter, Instagram, Youtube entre outras redes sociais conhecidas mundialmente irá fazer no momento seguinte.[10]

Segundo Salgado (2019. P. 30), em seu artigo Inteligência Artificial: bolhas e polarização nas redes sociais, pertencente ao livro Inteligência Artificial & Redes Sociais, existem dois tipos específicos de algoritmos capazes de produzir este tipo de modelo. São eles: o machine learning (ML) e o deep learning (DP). O ML se refere a um produto que se utiliza de uma série de dados para a construção de um modelo ajustado, capaz de criar uma representação, uma previsão ou outras formas de sinais úteis (Hazewood et al, 2017). A machine learning é o aprendizado automático da máquina, mergulhando nos dados dos usuários, encontrando padrões e traçando relações entre padrões e resultados (Neil, 2020. P. 120).

O DL é um sistema de aprendizado que vai se tornando independente da ação humana e “mais adequado para grandes quantidades de dados”, como o reconhecimento de imagens e voz do Google, as recomendações do Netflix e Amazon e bots de automação de chats em websites de loja com respostas “cada vez mais inteligentes” (Salgado et al, 2019. P.32 ). As máquinas analisam os dados por conta própria, procurando hábitos, esperanças, medos e desejos.

Hazelwood (2017. P 03) distingue um conjunto de três ferramentas para elaboração da inteligência artificial no Facebook: FBLearner Feature Store, que pode ser descrito como um depósito de dados; FBLearner Flow, plataforma de treinamento de modelos de dados; FBLearner Predictor, “mecanismo interno de inferência do Facebook que usa os modelos treinados em Flow para prover previsões em tempo real” (2017). [11]

Cabe destacar aqui, para efeitos de associação de dados tecnológicos, que o WhatsApp foi comprado pelo Facebook por 19 bilhões de dólares (Perez, 2017) e o Facebook é a principal referência do sistema inteligente de previsões deep learning (DP) (Santaella, 2020).

O processo de polarização nas redes sociais

Algoritmos capazes de aprender e prever os próximos movimentos dos usuários não são exclusividade do Facebook. Guillayme Chaslot, ex-executivo do Youtube, revela que trabalhou em um algoritmo que hoje contribui para a polarização social porque é treinado para encontrar uma sequência de vídeos que o usuário irá gostar de acordo com os dados que o algoritmo tem sobre a sua personalidade.[12]

Esses algoritmos levam a uma gradual segregação social. Para Santaella (2019), a necessidade de priorização de conteúdo, ou a utilização de filtros, ocorre pela imensa quantidade de informações disponíveis hoje, na internet e os algoritmos somados a manipulação humana conduzem as pessoas a buscarem informações que lhes sejam mais agradáveis. Citado por Santaella (2019) em Inteligência Artificial & Redes Sociais, (Sustein, 2017) diz que a longo prazo, com as pessoas tendo cada vez menos as suas posições desafiadas, isso levaria ao extremismo. Para Neil (2020), conforme toda a mídia vai adotando o perfilamento de espectadores, aumenta também o potencial para o micro direcionamento político. Isso dificulta que uma pessoa possa visualizar as mensagens políticas que seu vizinho recebe. Ainda para Neil (2020) essas campanhas subterrâneas apresentam um resultado perigoso e antidemocrático porque impedem que as várias partes unam forças.

As redes sociais não foram concebidas para o conforto humano e sim para nos manter em um “estado de incerteza e de carência permanente” (Empoli, 2020. P. 76). Segundo o autor de Engenheiros do Caos (2020), os sites que apresentam as teorias da conspiração exercem entre nós um poder de fascinação intenso por oferecerem uma explicação sobre as dificuldades com as quais nos encontramos na vida, trabalhando no sentimento de raiva das pessoas comuns.

Os filtros de informação criados pelas redes sociais para o direcionamento de mensagens visando o engajamento das publicações somado ao poder de fascinação que exercem as teorias da conspiração e mensagens de conteúdo falso encontraram um terreno fértil no processo eleitoral.

Presidentes com perfis autoritários e antidemocráticos

Na América Latina, mais precisamente no Brasil e em Honduras, o fenômeno das notícias falsas diminuiu a possibilidade de vitórias progressistas aumentando os processos de privatizações e neoliberalização das economias (Gomez; Barris. 2018).  Além das estratégias de disseminar desinformação em busca de dividendos eleitorais o que une Jair Messias Bolsonaro e Juan Orlando Hernandez é o perfil autoritário e antidemocrático.

Jair Messias Bolsonaro é um político brasileiro que foi eleito para sete mandatos consecutivos de deputado federal. Durante a sua carreira parlamentar atuou em defesa dos militares e de policiais militares. Foi eleito presidente do Brasil com um discurso voltado em defesa de Deus e da Família. [13] Discurso que muito lembrava aos brasileiros o golpe militar de 1964 (SIMÕES, 1985). Antes da sua eleição em 2018 Jair Messias Bolsonaro tinha ligações diretas com integrantes de grupos de milicianos no estado do Rio de Janeiro e sua carreira política foi marcada em defesa de manifestações que iam desde a apologia a assassinatos como a defesa da prática da tortura (Manso, 2020). Já como presidente eleito participou de atos que pediam o fechamento do congresso nacional e da suprema corte do país, fato amplamente noticiado por veículos de imprensa nacionais e internacionais.[14]

Juan Orlando Hernandez foi presidente do Congresso Nacional de Honduras entre de 2010 a 2013[15], tendo deixado o congresso para disputar as eleições presidenciais em 2014, sendo o político mais jovem a ser eleito presidente em Honduras. Em 2017, depois de uma alteração na constituição, disputou novamente as eleições e venceu, sendo o primeiro presidente do país a ser reeleito.[16] Juan Orlando Hernandez é um político conservador que foi reeleito após uma alteração na constituição nacional e sob acusação de fraude eleitoral. Mesmo assim os EUA de Donald Trump reconheceram a reeleição do presidente de Honduras como legítima.[17]

A mudança constitucional que permitiu a reeleição de Juan Orlando Hernandez é o primeiro passo para a morte das democracias (Levitsky e Ziblatt. 2018). Além do atentado às constituições brasileiras e hondurenhas, os dois se assemelham na exaltação de grupos armados. Antes de deixar a presidência do Congresso Nacional Hondurenho, Juan Orlando Hernandez criou a lei de Estrategia Interinstitucional en Seguridad y Toma Integral Gubernamental de Respuesta Especial de Seguridad (TIGRES)[18]. A lei serviu para que o então candidato a presidente formasse uma tropa com cerca de 5.000 policiais antes das eleições de novembro de 2013 (GARCIA, 2017). Essa força policial, treinada e apoiada pelos EUA, foi utilizada em 2018 para ajudar a reprimir pessoas que se manifestavam contra os resultados eleitorais daquele ano,[19] amplamente contestados por órgãos internos e externos de regulação[20].

A partir da posse de Juan Orlando Hernandez, em 2014, uma série de assassinatos ocorreram contra defensores dos direitos humanos em Honduras como o dos ativistas do movimento pelos direitos dos índios Berta Cáceres e Nelson García e de Paola Bazarra, defensora dos direitos LGBTI. Segundo uma resolução aprovada pelo parlamento europeu em abril de 2016, Honduras se tornou um dos países mais perigosos da região para os defensores dos direitos humanos. [21]

As fake news como mercado lucrativo

Por trás da inoperância da plataforma está um mercado bastante lucrativo. Quanto mais teorias da conspiração, maior é a polarização, mais tempo as pessoas passam nas redes sociais e mais dinheiro a plataforma ganha.[22] Quebrar este lucrativo ciclo é o primeiro passo para combater este “ataque à democracia”.[23] Não importa à plataforma se o que está gerando engajamento é verdadeiro ou falso. O que interessa às redes sociais como o Facebook, por exemplo, é o tempo que o usuário passa navegando na rede e o engajamento que as publicações têm (Empoli, 2020. P. 155).

Cabe lembrar que todos os meios de comunicação, sejam online ou offline, são, em geral, organizados por instituições empresariais que têm seus próprios interesses, legitimam o sistema, promovem mercadorias, estão inseridos em relação de poder e desenvolvem e adotam tecnologias (Westrup et al, 2020, p. 12).

Os algoritmos das redes sociais estão inclinados a disseminar informações falsas porque essas informações levam ao lucro das plataformas. É um modelo que ganha dinheiro com as fake news. No Facebook como em outras redes há grupos de teorias da conspiração. A medida que estes grupos crescem eles ganham relevância e passam a ser recomendados pela rede social a pessoas comuns que estão propensas a receber esta informação.[24] As notícias falsas “vendem mais” do que a verdade.[25]

As teorias da conspiração funcionam nas redes sociais por provocarem sentimentos fortes nos usuários como indignação e raiva, frutos de polêmicas que os usuários encontram nas redes (Empoli, 2020. P. 78). Segundo o autor, um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) demonstrou que uma notícia falsa tem até 70% mais probabilidade de ser compartilhada na internet. Nas redes sociais uma notícia verdadeira consome seis vezes mais tempo para alcançar 1.500 pessoas que uma fake news.

De acordo com Guillayme Chaslot, ex-executivo do Youtube, a conspiração da terra plana foi recomendada centenas de milhões de vezes pelo algoritmo da ferramenta porque vídeos como este mantinham as pessoas mais tempo conectadas.[26]

Como vimos com Donald Trump, nos Estados Unidos, Juan Orlando Hernandez, em Honduras e Jair Messias Bolsonaro, no Brasil, a construção de redes de notícias falsas e desinformação servem como arma de pressão sobre opositores e uma máquina de persuasão política com o objetivo de gerar o caos social e confundir cidadãos em busca da manutenção da extrema-direita nestes países.

Mesmo que os atores políticos mudem com o processo eleitoral as suas ideias permanecerão. A derrota eleitoral de Donald Trump nos EUA, não impossibilitou que o denominado “trumpismo”[27], que pode ser caracterizado pelo incentivo à raiva, ao ódio, à violência, contra grupos minoritários e a culpabilização desses grupos pelo mal de toda a sociedade, continuasse a existir no país e a constantemente atentar contra a democracia norte-americana. [28]

As fake news aliadas aos algoritmos das redes sociais produziram um estilo político feito de “ameaças, insultos, mensagens racistas, mentiras deliberadas e complôs” que, mesmo que os detentores deste estilo hoje, como Jair Messias Bolsonaro e Juan Orlando Hernandez deixem o poder, permanecerá. É esse tipo de educação cívica que as novas gerações estão recebendo e é pouco provável que voltemos aos partidos políticos tradicionais (Empoli, 2020. P. 164).


[1] Acessado em 21/08/2021. Disponível em (O DILEMA DAS REDES, GISONDO, Skyler; HAYWARD, Kara; KARHEISER, Vicent. NETFLIX. 2020. (94 min.).

[2] Acessado em 21/08/2021. https://www.theguardian.com/technology/2021/apr/13/facebook-honduras-juan-orlando-hernandez-fake-engagement

[3] Acessado em 21/08/2021. https://www.camara.leg.br/noticias/622252-joice-hasselmann-denuncia-milicia-e-gabinete-de-odio-na-disseminacao-de-fake-news/

[4] Acessado em 26/08/2021. Disponível em https://www.theguardian.com/technology/2021/apr/13/facebook-honduras-juan-orlando-hernandez-fake-engagement

[5] Acessado em 22/08/2021. https://www.theguardian.com/technology/2021/apr/13/facebook-honduras-juan-orlando-hernandez-fake-engagement

[6] Acessado em 21/08/2021. Disponível em (PRIVACIDADE HACKEADA. AMER, Karin; NOUJAIM, Jehane. NETFLIX. 2019. (111 min.)

[7] Acessado em 21/08/2021. Disponível em (O DILEMA DAS REDES, GISONDO, Skyler; HAYWARD, Kara; KARHEISER, Vicent. NETFLIX. 2020. (94 min.).

[8] The Guardian: https://www.theguardian.com/uk-news/2018/mar/23/leaked-cambridge-analyticas-blueprint-for-trump-victory. Acessado em 20/08/2021.

[9] Acessado em 21/08/2021. Disponível em (O DILEMA DAS REDES, GISONDO, Skyler; HAYWARD, Kara; KARHEISER, Vicent. NETFLIX. 2020. (94 min.).

[10] Acessado em 21/08/2021. Disponível em (O DILEMA DAS REDES, GISONDO, Skyler; HAYWARD, Kara; KARHEISER, Vicent. NETFLIX. 2020. (94 min.).

[11] HAZELWOOD, Kim et al. Applied machine learning at Facebook: a datacenter infrastructure perspective. Disponível em https://research.fb.com/wp-content/uploads/2017/12/hpca-2018-facebook.pdf Acessado em 27/08/2021.

[12] Acessado em 21/08/2021. Disponível em (O DILEMA DAS REDES, GISONDO, Skyler; HAYWARD, Kara; KARHEISER, Vicent. NETFLIX. 2020. (94 min.).

[13] Acessado em 21/08/2021. https://www.gov.br/planalto/pt-br/conheca-a-presidencia/biografia-do-presidente

[14] Acessado em 21/08/2021. https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/05/ato-pro-bolsonaro-em-brasilia-tem-carreata-e-xingamentos-a-moro-stf-e-congresso.shtml

[15] Acessado em 21/08/2021. https://presidencia.gob.hn/index.php/gob/el-presidente/hoja-de-vida

[16] Acessado em 21/08/2021. https://presidencia.gob.hn/index.php/gob/el-presidente/biografia2

[17] Acessado em 24/08/2021. Disponível em https://www.theguardian.com/world/2017/dec/22/us-recognizes-re-election-of-honduras-president-despite-calls-for-a-new-vote

[18] Acessado em 21/08/2021. https://www.tsc.gob.hn/web/leyes/Ley_TIGRES_2013.pdf

[19] Acessado em 21/08/2021. https://theintercept.com/2018/02/20/honduras-election-protest-tigres/

[20] Acessado em 21/08/2021. https://www.theguardian.com/world/2017/dec/18/honduras-election-president-juan-orlando-hernandez-declared-winner-amid-unrest

[21] Legislative Observatory. European Paliament. Disponível em https://oeil.secure.europarl.europa.eu/oeil/popups/printficheglobal.pdf?id=666239&l=en e https://oeil.secure.europarl.europa.eu/oeil/popups/ficheprocedure.do?lang=en&reference=2016/2648(RSP)

[22] Acessado em 21/08/2021. Disponível em (O DILEMA DAS REDES, GISONDO, Skyler; HAYWARD, Kara; KARHEISER, Vicent. NETFLIX. 2020. (94 min.).

[23] Acessado em 21/08/2021. Disponível em (O DILEMA DAS REDES, GISONDO, Skyler; HAYWARD, Kara; KARHEISER, Vicent. NETFLIX. 2020. (94 min.).

[24] Acessado em 21/08/2021. Disponível em (O DILEMA DAS REDES, GISONDO, Skyler; HAYWARD, Kara; KARHEISER, Vicent. NETFLIX. 2020. (94 min.).

[25] Acessado em 21/08/2021. Disponível em (O DILEMA DAS REDES, GISONDO, Skyler; HAYWARD, Kara; KARHEISER, Vicent. NETFLIX. 2020. (94 min.).

[26] Acessado em 21/08/2021. Disponível em (O DILEMA DAS REDES, GISONDO, Skyler; HAYWARD, Kara; KARHEISER, Vicent. NETFLIX. 2020. (94 min.).

[27] Acessado em 24/08/2021. Disponível em https://brasil.elpais.com/brasil/2018/10/28/opinion/1540741974_135426.html

[28] Acessado em 24/08/2021. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-56620462

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